A Secretaria de Estado da Saúde (SES) vem registrando queda nos casos de hanseníase na Paraíba. No ano de 2023, foram registrados 463 novos casos da doença, enquanto no ano de 2024 foram 416 casos notificados, uma diferença de 47 casos em relação ao ano anterior. A campanha Janeiro Roxo, que tem como tema este ano “Hanseníase: conhecer e cuidar de janeiro a janeiro”, chama atenção para que ações estratégicas de busca ativa de casos novos sejam implementadas na rotina das Unidades Básicas de Saúde (UBS), a fim de que as pessoas possam receber tratamento rápido e se interrompa a transmissão da bactéria causadora da doença, a “bacilo de Hansen”.
De acordo com a chefe do Núcleo de Doenças Crônicas e Negligenciadas, Anna Stella Pachá, a SES vem repassando aos municípios práticas que devem ser utilizadas durante todo o ano. “A SES está orientando as coordenações municipais para que intensifiquem as atividades educativas, a busca ativa de casos novos e a avaliação dos familiares que são contatos de casos notificados, no Janeiro Roxo, mas que essas ações aconteçam também durante todo o ano de 2025”, pontuou.
A hanseníase é transmitida por gotículas de saliva ou secreções nasais de pessoas infectadas, mas para que isso aconteça é necessário contato direto e prolongado com uma pessoa doente e sem tratamento. A doença afeta, principalmente, a pele e os nervos periféricos, como as mãos e os pés com alteração da sensibilidade e/ou da força muscular. O tratamento é feito com medicamentos gratuitos do SUS. Quanto mais cedo for diagnosticada, menor o risco de complicações e sequelas.
Os principais sinais e sintomas são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com alteração de sensibilidade e/ou perda da força muscular. As manchas podem ser confundidas com outras doenças de pele mais comuns, como o pano branco e a impinge. Por isso, é importante que a pessoa vá a uma Unidade Básica de Saúde, para avaliação e diagnóstico das manchas pelo profissional de saúde. Outra estratégia importante é a avaliação dos familiares que moram com a pessoa doente para identificar se também estão com os sinais e sintomas da hanseníase e, assim, iniciar o tratamento e, rapidamente, interromper a transmissão da bactéria “bacilo de Hansen”, que causa a hanseníase.
Da Secom-PB
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