- Redação ON
Donald Trump retorna ao cenário político global com promessas ambiciosas e um discurso que ecoa sua primeira campanha presidencial em 2016. Empossado como presidente dos Estados Unidos para um novo mandato, Trump promete revitalizar a economia americana, retomar políticas protecionistas e fortalecer a segurança nacional. Ele também sinaliza uma postura mais rígida em relação à imigração, com a retomada de projetos como a expansão do muro na fronteira com o México. No âmbito internacional, Trump promete “colocar os Estados Unidos em primeiro lugar”, afirmando que buscará acordos comerciais mais vantajosos e reduzirá a dependência de alianças que, segundo ele, não beneficiam diretamente os interesses americanos.
No entanto, o retorno de Trump à Casa Branca é recebido com ceticismo por parte da comunidade internacional. Suas promessas de priorizar o mercado interno levantam preocupações sobre um possível aumento do isolacionismo americano, que pode afetar a cooperação em temas globais como mudanças climáticas e segurança coletiva. Países aliados temem um enfraquecimento de parcerias tradicionais, enquanto rivais geopolíticos, como China e Rússia, avaliam os impactos de uma política externa mais assertiva dos Estados Unidos. Observadores também questionam se Trump conseguirá implementar suas promessas, especialmente considerando a polarização política no Congresso.
Na economia, Trump aposta em um plano ousado de desregulamentação e redução de impostos para estimular o crescimento. Ele afirma que criará milhões de empregos ao trazer de volta indústrias que migraram para o exterior. Contudo, especialistas alertam que essas medidas podem aumentar o déficit fiscal e gerar tensões comerciais, especialmente com a China e a União Europeia. Além disso, o impacto das políticas climáticas, como o possível abandono de compromissos internacionais, preocupa ambientalistas e líderes globais que veem os Estados Unidos como peça-chave no combate ao aquecimento global.
No plano doméstico, Trump promete restaurar a “ordem” e acabar com o que chama de “caos progressista”, com medidas que incluem a reversão de políticas de seu antecessor. Ele afirma que sua administração será marcada pela valorização das forças policiais, redução de crimes violentos e uma reforma no sistema educacional que favoreça “valores tradicionais”. A abordagem, no entanto, divide opiniões, com críticos apontando riscos de exclusão de minorias e aumento das desigualdades sociais.
O mundo observa com atenção o novo governo Trump, que mais uma vez busca romper padrões e desafiar o status quo. Seu mandato promete ser marcado por tensões e mudanças significativas, tanto nos Estados Unidos quanto no cenário global. Enquanto seus apoiadores acreditam que ele poderá cumprir suas promessas e fortalecer a posição americana, opositores alertam para os riscos de um governo que aposta no confronto como estratégia principal. Em um momento de desafios globais urgentes, como crises econômicas, guerras e mudanças climáticas, as escolhas de Trump terão impacto duradouro e reverberarão além das fronteiras dos Estados Unidos.
Expectativa de Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desejou ao novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, um mandato exitoso e disse esperar que o governo do republicano contribua para um mundo mais justo e pacífico.
“Nossos países nutrem fortes laços em diversas áreas, como o comércio, a ciência, a educação e a cultura. Estou certo de que podemos seguir avançando nessas e outras parcerias. Desejo ao presidente Trump um mandato exitoso, que contribua para a prosperidade e o bem-estar do povo dos Estados Unidos e um mundo mais justo e pacífico”, escreveu Lula no X, na tarde desta segunda-feira (20).