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Maduro toma posse e afirma que “ninguém impõe um presidente à Venezuela”

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tomou posse nesta sexta-feira, dia 11, para o terceiro mandato durante uma sessão solene que foi antecipada cerca de uma hora e meia do horário inicial marcado para ocorrer

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tomou posse nesta sexta-feira, dia 11, para o terceiro mandato durante uma sessão solene que foi antecipada cerca de uma hora e meia do horário inicial marcado para ocorrer com o claro objetivo de evitar possíveis protestos da oposição. A cerimônia ocorreu na sede da Assembleia Nacional, em Caracas, capital do país.

A sessão foi presidida pelo chavista Jorge Rodríguez e finaliza um processo eleitoral marcado pela falta de transparência, autoritarismo e violência contra a oposição ou qualquer um que questionasse o atual regime.

A solenidade foi esvaziada com relação à presença de chefes de estado e governo de outros países.

Maduro tomou posse sem apresentar dados que comprovassem a sua vitória, apenas o fato de que logo após a votação se autoproclamou vencedor contra opositor Edmundo González Urrutia.

Na cerimônia de posse, Maduro afirmou: “Ninguém impõe um presidente à Venezuela. E criticou a oposição e chamou o presidente da Argentina, Javier Milei, de “sádico social”. Milei é crítico de Maduro.

Em seu discurso, Maduro também falou sobre o Brics: “A Venezuela já é do Brics desde que Bolívar triunfou em Junín”, em referência à batalha vencida pelo herói da independência da América espanhola. E completou: “A Venezuela pertence aos Brics há mais de 200 anos”.

Aspirante a integrar o Brics, a Venezuela não foi incluída na lista de novos parceiros do bloco econômico que tem Brasil, Rússia, Índia e China e África do Sul como países principais. O veto à entrada venezuelana, apesar de não ter sido oficial, foi do Brasil.

As eleições presidenciais na Venezuela ocorreram em 28 de julho de 2024. Antes mesmo da votação, o regime de Maduro dificultava a participação da oposição, deixando claro que dificilmente o pleito seria livre.

O Brasil, a Colômbia e o México haviam bancado um amplo acordo entre oposição e governo da Venezuela para que as eleições fossem limpas. Porém, o pleito foi marcado por uma apuração sem transparência e em nenhum momento os documentos de totalização dos votos foram apresentados.

Com isso, Maduro toma posse, mas ainda mais isolado. O Brasil do presidente Lula, por exemplo, sempre um fiador do regime chavista, foi representado na cerimônia apenas pela embaixadora do país em Caracas. Brasília não enviou um representante especial.

Foram poucos os países que reconheceram a vitória de Maduro.

Da redação do ON com agências internacionais
Foto: Prensa Presidencial/Venezuela/Divulgação

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