Por Higor Maffei Bellini
Quando no Brasil um clube ou uma SAF extingue a sua equipe feminina, em razão da queda da masculina, no campeonato brasileiro, quem mais perde é o campeonato feminino, pois fica claro que para aquela agremiação, o feminino nunca foi um objetivo.
Sem me estender muito essa extinção das equipes femininas, desmoraliza a competição feminina, pois no futebol, tal qual na política não existe o vácuo. Se uma equipe sai, outra entra, o que pode dar margem para viradas de mesa (quando o time cai dentro de campo, mas administrativamente o time permanece naquela divisão)
Aos olhos do público e dos patrocinadores, uma competição onde não é respeitado o resultado dos gramados, com viradas de mesas, não tem credibilidade para receber investimento (sem querer seja via lei de incentivo) nem fazer com que se acompanhe a competição.
Não vou dizer o que deve ser feito, já que não tenho o poder ou a pretensão, de ajustar o campeonato feminino. Mas vou deixar a reflexão a respeito: quem abandonar o campeonato feminina só pode voltar no ano seguinte, sem vaga no campeonato brasileiro. Vai ter de iniciar de novo a caminhada.
Sei que economicamente isso pode ser bom, para o clube que disputando apenas o estadual, terá menos gastos com salários. Mas esportivamente é uma grande punição e deve ser aplicada.
A extinção de uma equipe exige, que uma outra seja colocadas no seu lugar, para fazer com que seja respeitado o número de jogos vendidos, para a televisão e para os patrocinadores.
Mas o que traz o descrédito é o critério que será usado, para trazer outra equipe para cobrir aquele espaço, que se criou. Pois isso altera também as divisões inferiores, já que movem equipes para cima até que todas tenham o seu lugar nas competições.
A credibilidade de um campeonato passa, por isso pela aplicação das publicações esportivas corretas, por garantia que o resultado de campo prevalece, mesmo que contrário ao interesse das equipes.