O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ordenou nesta sexta-feira, dia 13, ao Exército que se “prepare para permanecer” durante todo o inverno na zona desmilitarizada entre Israel e Síria, nas Colinas do Golã, parcialmente anexado por Israel. A ocupação de uma parte da zona desmilitarizada patrulhada pela ONU ocorreu após rebeldes sírios liderados por islamitas sunitas derrubaram o governo de Bashar al-Assada no último domingo.
As forças militares de Israel lançaram centenas de bombardeios contra instalações militares sírias após a queda de Bashar al-Assada, argumentando que procura evitar que caiam nas mãos dos rebeldes. O envio das tropas ao território sírio ocorreu após a retirada de forças israelenses do sul do Líbano, após o acordo com o grupo Hezbollah.
O Exército israelense continua em guerra com o grupo palestino Hamas em Gaza. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira, dia 12, que a queda do governo de Bashar al-Assad criou um “vácuo” na fronteira de Israel com a zona neutra.
Netanyahu voltou a afirmar que a presença das forças israelenses em território sírio é “temporária” até que seja estabelecida uma força internacional que garanta o acordo de 1974, que prevê tropas de paz da ONU para patrulhar a região. Israel tomou parte das Colinas de Golã, que pertenciam à Síria, na guerra de 1967 e depois reforçou sua posição durante a guerra de 1973.