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Presidente da Coreia do Sul recua e revoga lei marcial, após veto do Parlamento

Houve confrontos entre manifestantes e as forças de segurança dentro e fora do Parlamento do país

Parlamentares da Coreia do Sul derrubaram nesta terça-feira (3) — madrugada de quarta em Seul — o decreto de lei marcial no país anunciado horas antes pelo presidente Yoon Suk Yeol.

Yoon afirmou em seguida que irá suspender a lei marcial após o voto do Parlamento, segundo a agência de notícias pública Yonhap.

Isso ocorre após confrontos entre manifestantes e as forças de segurança dentro e fora da Assembleia Nacional, o Parlamento do país.

A crise eclodiu em um momento em que o presidente está enfraquecido após a última eleição, que foi vencida pela oposição.

Yoon anunciou a medida em um pronunciamento não programado que surpreendeu os sul-coreanos. Isso está sendo visto como o maior desafio em décadas à sociedade da Coreia do Sul, país que se enxerga como uma democracia moderna e próspera após os anos de ditadura, encerrada em 1987.

Yoon afirmou que o decreto de estado de exceção era necessário para proteger o país das forças comunistas da Coreia do Norte e para “eliminar elementos antiestado”.

A decisão do presidente, imediatamente criticada por políticos tanto de oposição quanto governistas, aconteceu em meio a um momento de perda de força política do presidente, que não tem conseguido aprovar leis na Assembleia Nacional.

O presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-sik, apresentou uma resolução pedindo a revogação da lei marcial por volta da 1h no horário local.

A resolução foi aprovada com a presença de 190 membros dos partidos governista e de oposição, todos votando a favor. Pela lei sul-coreana, a Assembleia tem poderes para derrubar a implementação da lei marcial.

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